
B:Balbino,nome de guerra,na verdade Altamir Balbino,nome pequeno para um grande homem,para um ser humano maravilhoso.Balbino foi uma das primeiras pessoas que conheci ao chegar em Brasília e ingressar na GEB.Lotado na Cia de Trânsito,como sub comandante,apresentado a minha tropa,o fui também ao guarda de trânsito padrão,o soldado Balbino.Prestava serviço sempre nas áreas nobres de Brasília,em especial na W-3,principal avenida,onde estavam as lojas chiques,os dois únicos cinemas e toda a rede bancária.Padrão nos comportamentos,na sinalização de trânsito,no fardamento e na educação com que abordava os motoristas faltosos,sereno,mas cumpridor das leis e atencioso com os pedestres que necessitavam atravessar as ruas(à época Brasília não tinha semáforos).Balbino era um mulato,típico carioca,casado com Dona Yolanda,a quem depois de casado com Terezinha vim a conhecer.Êle foi para mim o meu professor de trânsito,pois eu estudei e estudava muito,mas a prática era zero e aí eu conversava com êle,principalmente nas blitz de trânsito que fazíamos nos finais de semana contra motoristas alcoolizados,e aprendia com êle as malandragens dos condutores de veículos,sobre a documentação indispensável de ser portada pelo motorista,sobre carteiras de habilitação falsas(tinha muitas feitas no interior de Goiás),enfim sobre tudo.Nossas carreiras acabaram,por força do destino, a se entrelaçarem,pois ao voltar do estágio no Exército e apresentar-me a Interpol,êle estava lá,pois tinha optado pela vida civil,também.A Balbino,suas amizades e sua habilidade,devo ter conseguido o apto. para casar-me. Êle era muito querido por todos os que com êle privavam,por estar sempre pronto a ajudar.Amigo incondicional,fez um curso sobre drogas,no nível de agente,e após foi designado instrutor dos cursos volantes(ministrados em todo o Brasil para as polícias estaduais pela Academia Nacional de Polícia) e como eu também tinha feito,passamos a viajar o Brasil todo,dando cursos de um mês nos Estados.Era meu companheiro então de quarto,de almoço,de passeios.Enfim um verdadeiro irmão,que perdi cedo,pois êle veio a falecer,ainda novo,quando eu estava como Superintendente do DPF no Ceará.A esposa e os filhos mudaram-se então para Goiás(ela era goiana) e nunca mais soube deles.Balbino,você também faz parte desse pequeno e seleto time de amigos,de pessoas as quais muito devo,com quem muito aprendi,que amo demais e que espero reencontrar em algum momento no Mundo Maior ou em uma nova encarnação.Valeu Balbino,irmão de fé.Madeira
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