"Vou falá de umas pessoas, de umas coisas..."

"Vou falá de umas pessoas, de umas coisas..."
"Êta Tijucona véia de guerra!"

Mostragem, agora por ordem alfabética, de passagens de minha vida, narradas sob a minha ótica e com total sinceridade, e que envolvem primeiramente pessoas que me acrescentaram algo, depois instituições em que labutei e, por fim, locais que me marcaram.

terça-feira, 13 de maio de 2008

vivencias-madeira-alfabética(pessoas-B)



B:Balbino,nome de guerra,na verdade Altamir Balbino,nome pequeno para um grande homem,para um ser humano maravilhoso.Balbino foi uma das primeiras pessoas que conheci ao chegar em Brasília e ingressar na GEB.Lotado na Cia de Trânsito,como sub comandante,apresentado a minha tropa,o fui também ao guarda de trânsito padrão,o soldado Balbino.Prestava serviço sempre nas áreas nobres de Brasília,em especial na W-3,principal avenida,onde estavam as lojas chiques,os dois únicos cinemas e toda a rede bancária.Padrão nos comportamentos,na sinalização de trânsito,no fardamento e na educação com que abordava os motoristas faltosos,sereno,mas cumpridor das leis e atencioso com os pedestres que necessitavam atravessar as ruas(à época Brasília não tinha semáforos).Balbino era um mulato,típico carioca,casado com Dona Yolanda,a quem depois de casado com Terezinha vim a conhecer.Êle foi para mim o meu professor de trânsito,pois eu estudei e estudava muito,mas a prática era zero e aí eu conversava com êle,principalmente nas blitz de trânsito que fazíamos nos finais de semana contra motoristas alcoolizados,e aprendia com êle as malandragens dos condutores de veículos,sobre a documentação indispensável de ser portada pelo motorista,sobre carteiras de habilitação falsas(tinha muitas feitas no interior de Goiás),enfim sobre tudo.Nossas carreiras acabaram,por força do destino, a se entrelaçarem,pois ao voltar do estágio no Exército e apresentar-me a Interpol,êle estava lá,pois tinha optado pela vida civil,também.A Balbino,suas amizades e sua habilidade,devo ter conseguido o apto. para casar-me. Êle era muito querido por todos os que com êle privavam,por estar sempre pronto a ajudar.Amigo incondicional,fez um curso sobre drogas,no nível de agente,e após foi designado instrutor dos cursos volantes(ministrados em todo o Brasil para as polícias estaduais pela Academia Nacional de Polícia) e como eu também tinha feito,passamos a viajar o Brasil todo,dando cursos de um mês nos Estados.Era meu companheiro então de quarto,de almoço,de passeios.Enfim um verdadeiro irmão,que perdi cedo,pois êle veio a falecer,ainda novo,quando eu estava como Superintendente do DPF no Ceará.A esposa e os filhos mudaram-se então para Goiás(ela era goiana) e nunca mais soube deles.Balbino,você também faz parte desse pequeno e seleto time de amigos,de pessoas as quais muito devo,com quem muito aprendi,que amo demais e que espero reencontrar em algum momento no Mundo Maior ou em uma nova encarnação.Valeu Balbino,irmão de fé.Madeira

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