"Vou falá de umas pessoas, de umas coisas..."

"Vou falá de umas pessoas, de umas coisas..."
"Êta Tijucona véia de guerra!"

Mostragem, agora por ordem alfabética, de passagens de minha vida, narradas sob a minha ótica e com total sinceridade, e que envolvem primeiramente pessoas que me acrescentaram algo, depois instituições em que labutei e, por fim, locais que me marcaram.

segunda-feira, 19 de maio de 2008

vivencias-madeira-alfabética(pessoas:H)



H:Hilda Botelho Coelho,casada com José Coelho,pais de Terezinha e Ismael,minha sogra,mas na realidade,apesar do chapeado,minha segunda mãe.Aliás é meio comum que as mães das esposas se dêem melhor com os genros,que o inverso(Freud deve explicar,dentro daquela área de complexos de Édipo e de Eletra).Dona Hilda desde que a conheci sempre teve um xodó comigo e eu com ela,fruto de um carinho mútuo com que nos tratavámos.De vez em quando tinhámos nossos entrechoques,mas nada duradouro ou mal.Ocorre que ela era bem mandona e era necessário,às vezes,travá-la.No apoio,a qualquer pessoa que precisasse era imbatível.Estava a total disposição,entregava-se de corpo e alma,literalmente.De corpo pela presença incansável para servir,cuidar e de espirito por ser uma medium de primeira,sentindo muitas coisas,vendo e com isso tentando ajudar,proteger,também espiritualmente.Em todos os momentos esteve junto de mim e de Terezinha.No namoro,no casamento,na chegada dos filhos,nas nossas férias, que sempre eu e Terezinha dividíamos em dois períodos,um em que saíamos com as crianças e o outro sozinhos,ocasiões em que Dona Hilda assumia a responsabilidade da casa e das crianças.Amiga,caridosa,sabia ser a mãezona protetora,mas também sabia manipular as coisas para ocorrerem na forma que ela desejava.Mais tarde,contra a vontade de Terezinha,que resistiu e procurou outra forma de sobrevivência sem ser a de transplante de pessoa viva(entendia que estava ferindo o doador),doou um rim a Terezinha,que estava com insuficiência renal definitiva,em hemodiálise.A isso some-se ela já ter mais de sessenta anos,ajudando assim Terezinha ter uma sobrevida de mais vinte e três anos.Fez uma dupla impagável com o cunhado Adelino,com quem conviveu por cerca de quarenta anos,após a morte do esposo,em uma relação de apoio mútuo,pois Adelino,apesar de forte,tinha problemas nas pernas com feridas que não cicatrizavam e depois teve um derrame,ficando com o lado esquerdo do corpo totalmente paralisado.Aí,apareceu mais uma vez o espirito amigo de Dona Hilda,que por gratidão(Adelino ajudou muito a êles,enquanto tinha saúde)e por amizade e caridade,ajudou-o até o fim da vida dele,fazendo os curativos e ajudando-o em tudo.Ser humano especial,certamente pela forte ligação que tivemos,aí a frente estaremos juntos de novo,para o que tenho tudo a favor.Valeu Mãe Hilda.Madeira

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