"Vou falá de umas pessoas, de umas coisas..."

"Vou falá de umas pessoas, de umas coisas..."
"Êta Tijucona véia de guerra!"

Mostragem, agora por ordem alfabética, de passagens de minha vida, narradas sob a minha ótica e com total sinceridade, e que envolvem primeiramente pessoas que me acrescentaram algo, depois instituições em que labutei e, por fim, locais que me marcaram.

segunda-feira, 30 de junho de 2008

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ADESG - Associação dos Diplomados da Escola Superior de Guerra: é uma instituição de altos estudos, que existe em todos os estados da Federação, presidida por um militar da reserva ou ex-dirigente de algum órgão de importância estratégica para a nação, e que tenha cursado a ESG, Escola Superior de Guerra. As ADESG´s destinam-se a produzir documentos estratégicos, documentos que proporcionem planejamentos estratégicos que possibilitem a formatação da política nacional, a nível regional. Por exemplo: o ES é um estado de conformação geográfica que permite instalações portuárias para a navegação de alto calado, e esta é uma área sobre a qual certamente interessa ao governo federal possuir o máximo de dados e informações, para integrar planejamentos estratégicos do país, e aí aparece a ADESG para, através de suas lideranças locais, proceder,em primeiro nível, esses estudos, que são indicados a cada ano pela ESG para cada estado, e depois de prontos para a mesma remetidos, facilitando os seus trabalhos. Já fui convidado, pelas funções no DPF, a fazer cursos das ADESG´s do Paraná, Maranhão, Ceará e Espírito Santo, sendo depois nos anos seguintes palestrante nas mesmas. Foi uma experiência excelente, tanto pelas temáticas estudadas, que o são após uma série de palestras, de palestrantes vindos da ESG ou locais, como pelos conhecimentos produzidos em parceria com as inteligências de cada um desses estados. As ADESG´s são mini-ESG´s em todos os aspectos, da organização ao formato das paletras, e são um nicho de patriotismo. Valeu ADESG´s. Madeira

sexta-feira, 27 de junho de 2008

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Escultura comemorativa das suas quatro décadas de criação, instalada na entrada do Forte Duque de Caxias, no Leme


Centro de Estudos de Pessoal do Exercíto, CEP: situado no Forte do Leme, no Rio de Janeiro, e lá estudei durante quase um ano, aprendendo tudo sobre inteligência, para que implantasse no DPF a área correspondente. Curso de nível superior para oficiais das Forças Armadas, teve pela primeira vez (não sei se houve uma segunda, mas creio que não) a presença de um civil, delegado de Polícia Federal. O curso de formação de analista de inteligência( à época chamado de analista de informações) teve um currículo sensacional, no qual aprendemos desde filosofia, sociologia e política, todas aplicadas a entender os pensamentos contemporâneos, até técnicas de interrogatório e classificação de documentos. O comandante era o coronel Octávio Costa, que depois foi o formulador, já como general, da política de comunicação social do governo federal. Os instrutores eram todos oficiais superiores das Forças Armadas e professores da Escola Superior de Guerra (ESG). Era impressionante o nível dos debates e o conhecimento sobre a conjuntura política e social mundial. Hoje, ao ver a conjuntura mundial, muitas vezes, lembro das projeções feitas após muitos debates e análises, e que ganharam as cores da realidade atual. Efetivamente a ESG, as ADESG´s e a hoje ABIN possuem feras nesse campo. O CEP foi o embrião da ESNI, Escola Nacional de Informações, hoje incorporada à ABIN, Agência Brasileira de Inteligência, e esta por sua vez a sucessora do SNI, Serviço Nacional de Inteligência, sobre o qual muitas pessoas não compreendem corretamente as atribuições que lhe cabiam, e que nada tinham a ver com ações de dedo-duro e de prisão, e sim de coleta de dados e análise dos mesmos, para permitir a projeção de fatos futuros em todos os campos psico-sociais, que servem de orientação para as decisões macro do governo federal. Valeu CEP, valeu EB. Madeira

quinta-feira, 26 de junho de 2008

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Interpol, Organização Internacional de Policia Criminal, à época em Saint-Cloud, subúrbio de Paris, central internacional de combate à delinqüência internacional (aos criminosos que cometem crimes em diferentes países, fugindo de um para o outro para escapar da Justiça) e difusora de formas de prática criminosa, para que as polícias de todo o mundo possam conhecer e combater melhor os delitos, com uma centralização de informações de milhões de dados, e onde estagiei ao voltar de uma conferência internacional em Kyoto/Japão. Lá permaneci por um mês para conhecer seu funcionamento. Hoje, como ficaram pequenas as instalações, já funciona em outro local, na cidade de Lyon, sempre na França, por ter sido o país que a idealizou finda a primeira guerra mundial. A Interpol possui uns poucos funcionários próprios, todos burocráticos, mantidos com o dinheiro que recebe anualmente dos países associados, como taxa de manutenção pelo uso de seus serviços, sendo os demais, todos eles, técnicos cedidos pelas polícias de todo o mundo a ela associadas, e pagos pelas suas origens. À época, iniciava-se a era da informática no mundo, com grandes computadores, os hards, mas já lá estava o que de mais moderno existia. Foram dias muito importantes, onde aprendi tudo sobre investigação documental, sobre formas de fraude de todos os tipos, empresariais, de espionagem industrial, bancárias, sabotagem etc; enfim, uma completa aprendizagem prática sobre crimes de colarinho branco, ou seja, perpetrados mais com inteligência do que com violência. Valeu, Interpol, organização importantíssima, que age pela inteligência e através das polícias dos países afiliados. Madeira

quarta-feira, 25 de junho de 2008

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Drug Enforcement Administration - DEA/USA: durante cerca de cinco meses fiz um curso, a nível de lato-sensu, especialização, em Washington e New York, sobre os tipos de droga existentes, seus malefícios, técnicas policiais para conhecê-las e combatê-las, técnicas para vigiar e prender traficantes, rotas internacionais e meios de introdução das drogas nos países, aliado às melhores técnicas didáticas para repassar o que aprendi, para ser um multiplicador no Brasil. Fui indicado para êsse curso por já estar dando aulas a respeito pela ANP, para as polícias estaduais, com excelente avaliação, mas baseado apenas em estudos feitos em particular e pela experiência enquanto na SR/DPF/PR. Valeu, pois os americanos são de uma praticidade incrível, totalmente voltados para os resultados, sempre buscando a perfeição nas ações, que são exaustivamente planejadas, reproduzidas em locais parecidos com os da ação verdadeira ou até, se necessario, construindo maquetes ou cenários para os treinamentos. A jornada de estudo era de dia inteiro, às vezes com instrução noturna, mas o diferencial era, além é óbvio dos meios, lá inúmeros, sem restrições, a obrigação de após toda e qualquer aula teórica ter o dobro de prática, fosse em sala, documental, fosse em biblioteca, fosse na rua. A mais comum sempre foi a documental. Após explicar detalhadamente como fazer ou reconhecer ou utilizar algo, em alguma operação policial, isto tudo através de apostilas, com tradução simultânea e apresentação de slides ou filmes, normalmente levando a manhã toda, as tardes eram para resolver cases reais sobre o assunto ensinado, e aí vinha a nota referente a ter acertado a solução real ocorrida, e se fosse um caso em que dera tudo errado, com mortes, fugas etc, tinha que ser corrigido e mostradas as falhas e o porque destas. Ensino espetacular, solto, discutido, demonstrado, enfim, assim se aprende mesmo e eu, nós todos aprendemos muito. É verdade que muitas das técnicas que êles utilizam lá nossa legislação não permite, tais como a compra da droga com dinheiro marcado e prisão imediata do traficante, penetração autorizada pela justiça e infiltração, ou seja, o policial é colocado dentro da organização criminosa com uma e.c. (estória de cobertura) e de lá passa informações que permitam desbaratar o bando (na e.c. já existe a forma de fuga dele, quando do estouro da quadrilha). Nesta está a maior quantidade de agentes mortos, pois às vezes são descobertos. Em New York nós estagiamos e lá conhecemos o funcionamento de vários órgãos policiais americanos, dentre êles o FBI. Foi muito proveitoso e, apesar das restrições ao american way life e à arrogancia deles, tem-se de tirar o chapéu para êles nos aspectos seriedade e competência. Serão ainda por muitas gerações a maior nação do mundo, em muitos quesitos. Madeira

terça-feira, 24 de junho de 2008

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"Usa teus direitos no todo ou em parte, mas sempre com honradez."

Maomé


Academia Nacional de Polícia, ANP: órgão de ensino policial e de altos estudos sobre a criminalidade e ações de defesa social, pertencente a estrutura funcional do Departamento de Polícia Federal, e casa de ensino que freqüentei muitas vezes, nela fazendo toda a minha formação, especializações e aperfeiçoamentos policiais. Nos primórdios, antes da criação do DPF, já funcionava em um barracão no futuro setor policial sul, no fim da avenida W3, e lá fiz meu primeiro curso, denominado Orientação Didática, para poder dar aulas na mesma. Após a criação do DPF, foram construídas excelentes instalações, compostas de salas de aula amplas e claras, de um anfiteatro, tipo romano, de uma excelente biblioteca, de salas administrativas e de um ginásio de esportes, com um estande de tiro e um tatame subterrâneos, abaixo da quadra do ginásio, com mais uma quadra descoberta externa e amplo estacionamento. Hoje não funciona mais nesse lugar, encontrando-se instalada próxima à cidade satélite de Sobradinho, muito maior e mais moderna, face a necessidade de expansão, com mais instalações, em especial locais de hospedagem para aqueles que vêm fazer cursos e estão lotados em outros estados. Lá, na antiga Academia, fiz vários cursos de atualização, e os mais importantes da carreira, que foram o de formação de Delegado de Polícia Federal, com duração de onze meses e muita teoria/prática de todas as disciplinas policiais, de promoção, e o Curso Superior de Polícia, de altos estudos de segurança nacional, de seis meses, com professores de altíssimo nível, ministros de Estado inclusive, que é para se poder atingir o ápice da carreira, permitindo o acesso ao cargo final, Delegado de Polícia Federal, nível Especial, e capacitando para o exercício dos cargos máximos de Superintendente Regional e de membro da alta Direção do DPF. A ANP marcou-me bastante por tudo que lá aprendi, e pela quantidade de tempo que lá passei na minha carreira na PF. Valeu ANP, órgão importantíssimo da Polícia Federal, escola de formação de policiais federais de escol. Madeira

segunda-feira, 23 de junho de 2008

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Centro de Preparação de Oficiais do Exército, CPOR/RJ: ainda adolescente, aos dezoito anos, com a idade para cumprir a obrigatoriedade do serviço militar, e como não desejava fugir a nenhuma obrigação legal, principalmente de caráter patriótico (sempre fui caxias no cumprimento de minhas obrigações), resolvi utilizar o meu direito de, ao invés de cumprir o meu dever como soldado, o fazer como aluno oficial, daí ter cursado por dois anos o Centro. Ao ser selecionado, escolhi a arma de infantaria, pois nenhuma das outras me agradou ao estudar as respectivas funções nos campos de batalha. Cavalaria (nada queria com cavalos e nem com ir verificar a posição do inimigo, fazer o chamado reconhecimento e voltar); Artilharia (nada queria com centenas de cálculos e atirar no inimigo por cima da tropa amiga); Engenharia (nada queria com montar e desmontar pontes e detonar campos minados); Intendência (nada queria com levar a comida, o papel higiênico e outros para quem está combatendo). Com isso ficou fácil: meu negócio era ser infante, Pé de Poeira, única arma que tem a glória suprema de ver o branco dos olhos do inimigo, de combater peito a peito com êle, sob o fogo da metralha, aquela que é das armas a rainha, como o próprio hino da Infantaria o diz. Dois anos no quartel do CPOR, então em São Cristóvão, ao lado do portão da Quinta da Boa Vista, local onde aprendemos a marchar e a desfilar, e casa que nos aprimorou e acrescentou, a mim em particular, pelos ensinamentos aprendidos no lar, tais como a ter honra sem mácula, coragem pessoal, vontade indômita e o domínio das necessidades pessoais; a quebrar o medo, subordinando-o ao raciocínio; a saber que, quando achamos que não aguentamos mais, sempre existe um algo mais a dar, retirado da nossa fibra, e onde aprendi a camaradagem sem fronteiras, a amizade sincera sem inveja, a respeitar e cumprir a hierarquia, que é própria do viver. Quartel gostoso, de uma limpeza impecável (como qualquer organização militar), com salas de aula amplas e arejadas, instrutores de escol, educados mas rígidos, e que também ensinaram, ao contrário da vida civil, que os melhores devem ser elogiados, içados para as glórias da vitória, esta conseguida pela superação, para servirem de exemplo e modelo. E que os que erram devem ser punidos com firmeza, apenas com o entendimento e ensinamento necessários ,para não errarem de novo. Exército Brasileiro e CPOR: locais de modelagem de caráter, de correção de ações, de padrões de comportamento, aos quais muito devo e que servirei sempre e de todas as formas que puder. Madeira

sexta-feira, 20 de junho de 2008

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Conexão L2 Sul-L2 Norte


Faculdade de Serviço Social de Brasília: faculdade pertencente ao Governo do Distrito Federal, hoje encampada pela UNB, que freqüentei durante três anos, enquanto ainda na Interpol, não tendo concluído o curso pela impossibilidade de estagiar, pois não consegui autorização para tal, por ser policial. Com, à época, tempo livre, e admirador das ciências sociais, conheci o currículo do curso de Serviço Social (não sei se ainda é assim), apaixonei-me pelas disciplinas constantes e resolvi fazer o curso. Lá travei contato com disciplinas que nunca tinha estudado e que desejava conhecer, tais como psicologia geral, psicologia evolutiva, psicologia social, psicopatologia, filosofia, sociologia, antropologia cultural, economia social, higiene e medicina social, organização do trabalho intelectual, pensamento social, pesquisa social, introdução ao serviço social e serviço social de caso, de grupo e de comunidade. Estudos gostosos, encantadores, que me deram uma forte base de conhecimento das ciências sociais. Era uma turma pequena, não chegava a trinta alunos, e apenas dois do sexo masculino, eu e um colega, o que também foi muito diferente para mim, não acostumado a uma maioria feminina em sala de aula. Funcionava em um pequeno prédio da Fundação de Serviço Social do DF, na L2 Sul, setor de repartições públicas, de andar térreo, branquinho, muito funcional e tudo novo. Era um curso que eu gostaria de ter terminado, mas à epoca não pude e depois não tive mais ocasião pelas demais atividades profissionais, mas valeu por tudo que aprendi, e serviu-me para estudos posteriores e para o dia-a-dia. Valeu. Madeira

quinta-feira, 19 de junho de 2008

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Uma "pequenina instituição de ensino"


Unicidade: faculdade pequena, no centro de Vitória, com curso de graduação apenas de pedagogia e vários cursos de pós-graduação. Tentou, dentro de suas limitações, ter um curso de mestrado em educação, que começou muito bem, com professores-doutores da UFES, mas logo após não conseguiu mantê-lo, tanto pelos custos como pelas exigências mequianas (do MEC, dos nossos burocratas da educação). Assim, resolveu, com aquiescência dos alunos, transformá-lo em cursos lato-sensu, de especialização, que tivessem os mesmos conteúdos do mestrado e a mesma carga horária total, ao final. Com isso espichei mais um pouco e fiz três pós, respectivamente de psicopedagogia, pedagogia empresarial e gestão escolar, que eram áreas em que eu labutava ou já tinha labutado, e assim tinha a experiência da prática. Estudar em instituições pequenas constitui uma vivência interessante, principalmente quando sempre se estudou em grandes organizações. Todos se conhecem, você não é mais um aluno, você passa a ser conhecido e a ser bem melhor atendido, e com isso a se envolver mais com o estudo, professores, corpo administrativo - e a se sentir um aluno, não um aluno a mais. A Unicidade me deu (teve a sua parcela de importância, diferenciada, no meu processo de crescimento intelectivo) o domínio teórico de áreas da educação que eu já tinha vivenciado, mas não teorizado. Valeu, pequenina instituição de ensino. Madeira

terça-feira, 17 de junho de 2008

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UNISUL: Universidade do Sul de Santa Catarina, hoje conhecida nacionalmente pelos times de vôlei (está lá o Giovanni Gavio) e futsal, uma força do ensino superior nacional, em especial dentro do Estado de Santa Catarina. Com vários campus no Estado e sede em Florianópolis, oferecia um doutorado em parceria com a UMSA, Universidad del Museo Social de Argentina (museo de musas, divindades gregas que representavam as diversas áreas de conhecimento), na área de Administração, com o nome de Doctorado en Ciencias Empresariales, apoiado em Tratado Internacional referendado pelo Senado Federal, com validade legal para países membros do Mercosul, na cidade de Tubarão/SC. Interessado em ampliar meus conhecimentos nessa área, depois de verificada a idoneidade das instituições, programa e professores (todos doutores), freqüentei o campus da UNISUL em Tubarão nos meses de dezembro(parte)/janeiro/parte de fevereiro e julho todo, por dois anos. O curso, muito bem estruturado no estilo argentino, e onde emcontramos em andamento a união de três áreas integradas ao dia-a-dia administrativo, que são as ciências da administração, da economia e da contabilidade, irmãs na tarefa de tornar o gerenciamento empresarial mais rico, mais veloz, mais correto (isso no Brasil é impossível, face aos cartéis dos conselhos dessas três áreas, que nunca aceitarão tal união), foi excelente e oferecia dezoito disciplinas que se integravam, sendo seis de administração, seis de economia e seis de contabilidade. Professores-doutores e pós-doutores na Inglaterra e Alemanha, e que estavam no mercado, em grandes multinacionais ou no poder público argentino, que nos deram grande contribuição teórica e prática. Interessante a avaliação, que constava sempre de cases reais, ora individualmente ora em grupo, com a apresentação do resultado alcançado. Fechávamos com uma avaliação final oral, denominada pelos professores de confessionário. Com instalações de primeira e biblioteca espetacular, e com serviço de cópias com entrega onde você estivesse, valeu muito para que eu aumentasse minhas convicções e certezas sobre a administração científica, e também concluísse que no Brasil ainda estamos no beabá da gestão, seja privada (eivada de interesse pessoais, na mão de grupos familiares), seja pública (nas mãos dos apaniguados dos vencedores das eleições, e que normalmente são companheiros derrotados em eleições e pela vida, de pequeno ou nenhum conhecimento da área que vão dirigir). Pobre Brasil que não é, nem nunca foi, subdesenvolvido, e sim que é, e parece que o será por muito tempo ainda, sub-administrado. Valeu UNISUL/UMSA.

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FAESA: anteriormente Faculdade de Administração do Espírito Santo, atualmente
Faculdades Associadas Espírito-Santenses, instituição de ensino capixaba criada por um educador de visão ampla, que no início da década de setenta vislumbrou a necessidade de criação de unidades educacionais de nível superior, quando ninguém acreditava e o ensino desse nível era restrito às universidades federais e às organizações de origem religiosa (ou poucas outras). Falo do Dr. Anthario Theodoro. Hoje dirigida pelos filhos, sendo o Diretor Geral o Alexandre Theodoro, e situada originalmente na Ilha de Monte Belo, lá, além de professor, fiz meus primeiros cursos de pós-graduação em nível de especialização (lato-sensu): um de Administração Pública e outro de Educação Escolar, ambos de muito bom nível. Professores-mestres e doutores acrescentaram bastante aos meus conhecimentos, tudo em um ambiente de respeito e estudo sério. Disciplinas coerentes entre si, ministradas por professores do mercado de trabalho, serviram para teorizar/fundamentar minha experiência nos campos da administração e da docência. Instalações que foram se modernizando com o passar do tempo e pioneira, graças ao atual diretor, na utilização da informática como instrumento decisivo na área educacional, teve no idealismo do Dr. Anthario a principal mecha para a explosão de crescimento e afirmação nos meios universitários capixabas. Hoje com três excelentes campus na Grande Vitória e algumas unidades no interior, todas vocacionadas para atender a demanda de conhecimentos importantes para os municipios, é a FAESA referência em educação no Estado. Valeu FAESA, é com orgulho que fui teu aluno e professor. Madeira

segunda-feira, 16 de junho de 2008

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CEUB: Centro Universitário de Brasília, instituição de ensino superior criada por educadores de Minas Gerais, tendo a frente Deputados Federais (década de setenta, Adilson Peres e João Herculino), já iniciou grande (hoje é das principais da Capital Federal), com ótimas instalações no setor educacional da Asa Sul e oferecendo vários cursos, e na qual estudei e formei-me em História/bacharelado e licenciatura e Administração. Foram dois cursos de alto nível, com professores excelentes, face a facilidade que Brasília oferece de profissionais gabaritados, funcionários públicos que conhecem não só a teoria, mas principalmente a prática. Dentre outros, fui aluno de Franco Montoro, João Herculino, Dicamor de Morais e Arnaldo Niskier. Marcaram-me lá também as primeiras aulas que dei para o ginasial (adolescentes), hoje ensino fundamental, pois não tinha essa experiência (só dava aulas para adultos, na ANP/DPF). Foi uma experiência e tanto os dois anos em quê, como aluno, dava aulas no Colégio de Aplicação do CEUB como parte da prática docente. Também marcou-me ter em 78 voltado a disputar o campeonato de futebol profissional de Brasília (tinha disputado na década de sessenta, em 63, pelo time da GEB, o Dínamo F.C.), agora pelo CEUB F.C., time da universidade, que durante alguns anos disputou até campeonato brasileiro, na Taça de Prata (foi lá que Paulo Vitor, goleiro do Fluzão, apareceu). A grande diferença é que em 63 jogavamos em campos carecas, todos de barro, sem arquibancadas, abertos, com vestiários-barracos, e no CEUB já nos estádios hoje existentes em Brasília, o Serejão e o que hoje é do Brasiliense. O CEUB deu-me a ocasião de aprender a ciência da Administração, com tão boa formação que dela me vali para depois dar aulas das disciplinas da área e em História. Provavelmente o curso de graduação mais gostoso que fiz, pela descoberta da história, ciência dos fatos comprovados cientificamente e não de histórias forjadas e sem base, isto aprendido todo dentro da historiografia (fiz uma pós nessa área), que é a parte da História Ciência que nos ensina como se faz a ciência História, ou seja, separando-se documentos, restos arqueológicos, pinturas e obras de arte autênticos, fidedignos, de opiniões pessoais, de documentos apócrifos e de fraudes, nas quais principalmente as religiões são mestras. Valeu CEUB. Madeira

sexta-feira, 13 de junho de 2008

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Faculdade Nacional de Direito, centenária escola pública de ensino jurídico, situada na rua Moncorvo Filho, em frente ao Passeio Público, onde cursei meu doutorado em Direito Público, local de formação dos mais renomados juristas pátrios e neste nível não contaminada pelo movimento estudantil, concentrado na área de graduação, pois no nível de pós-graduação os agitadores já deixaram os movimentos reivindicatórios,
pois necessitam trabalhar e fazer carreira, e assim tornam-se também pequeno-burgueses. Ao encerrar a graduação e tornar-me bacharel em Direito, e ter devolvido minha carteira da Ordem (de solicitador), número 777/63( se tivesse seguido carreira de advogado teria hoje um dos números mais baixos do Rio), por ser funcionário público e assim não poder advogar, resolvi estudar Direito mais um pouco na área de Direito Público (Direitos Constitucional, Penal e Administrativo, basicamente), áreas em que eu trabalhava, e descobri êsse curso de dois anos de doutorado. Fiz a seleção, então eu estava no Rio, estagiando no BIB, e passei tanto pela média da graduação, como pela entrevista e fiz o curso. Se a Cândido Mendes já tinha excelentes professores, a FND era imbatível. O Diretor do curso era o Dr. Hélio Gomes, que também lecionou Filosofia do Direito, e quase todos os outros professores já tinham me dado aula na graduação - foi fácil. Local de altos estudos, também em um prédio conservador e conservado, de renome nacional e de muita aprendizagem. Como na graduação na Cândido Mendes, não me lembro de nomes de colegas, mas tenho certeza, pelo nível, que muitos foram ou ainda são de importância fundamental no universo jurídico nacional. Valeu Faculdade Nacional de Direito. Madeira

quinta-feira, 12 de junho de 2008

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Faculdade de Direito Cândido Mendes: a mais antiga organização de ensino do Rio de Janeiro, criada no Império como Academia de Comércio e destinada a preparar em nível superior os homens de negócio do País. Ainda hoje funciona no mesmo lugar, Praça Quinze, em frente à estação das Barcas, no mesmo antigo e belo prédio, ainda que atualmente desfigurado por ter sido erguido em seu pátio interno uma torre imensa (não podendo mexer no prédio, tombado, construíram um monstrengo no meio, como sempre fruto da especulação imobiliária). Lá cursei Direito, após ter passado no vestibular para cem vagas, em terceiro lugar, no tempo em que era vestibular mesmo, acompanhado por um inspetor federal de ensino que sorteava o ponto e acompanhava até o fim as provas (e também durante o curso acompanhava as aulas e as provas parciais), que consistiam em escritas e orais, estas apenas para quem fosse aprovado nas primeiras. Os professores eram juízes, doutores em Direito, promotores, advogados de renome, muitos que também lecionavam na Federal e na Estadual, catedráticos (professores titulares, doutores em Direito pelas obras publicadas) e ensinavam muito pela prática que tinham, que viviam no cotidiano jurídico. Heleno Claudio Fragoso( Direito Penal, autor renomado), Cristovam Breiner (Direito Civil, juiz), Célio Borja (Direito Constitucional, depois foi Ministro da Justiça), os irmãos juízes Eliezer e Eliazar Rosa, Hélio Gomes (Medicina Legal), João Baptista (economia politica), estes são alguns de que me lembro de imediato, luminares do Direito, com obras publicadas e até hoje reverenciadas. O secretário-geral era descendente direto da família fundadora e até hoje anda por aí, sendo um intelectual de primeira e lulista total, Dr. Luiz Cândido Mendes (o Diretor era cargo honorífico e por isso êle, da família dona, era secretário e estava sempre presente, a frente de tudo). À época os estudos e as provas eram acompanhados pelo inspetor federal e pela OAB, e a partir de findo o terceiro ano havia a pré-inscrição na Ordem, como solicitador (seria o estagiário de hoje), e assim tinha-se acesso ao Forum e à prática forense. Ao fim do curso a carteira de solicitador era, para os aprovados, tranformada em carteira de advogado. Quem tinha atividade comprovada na área jurídica substituía esta atividade por declarações da respectiva repartição. Foram cinco anos de excelente aprendizagem, quer pelo nível dos professores e pela objetividade do ensino (recheado de exemplos práticos, com manuseio de processos reais), quer pela seriedade de então, sem fórmulas para passar o aluno e dureza das provas. A base desse ensino, minha vivência como autoridade policial e o doutorado deram-me o suficiente para, com bom aproveitamento, passar os conhecimentos jurídicos adquiridos e sempre atualizados para muitos alunos mais tarde, quando professor de Direito. Valeu Faculdade de Direito Cândido Mendes, hoje UCAM, Universidade Cândido Mendes, com várias ramificações e com um bom nome no universo do Direito. Madeira

quarta-feira, 11 de junho de 2008

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Colégio Andrews, situado à época na Praia de Botafogo, de frente para a enseada de Botafogo, próximo da Sears, grande loja de departamentos e de outro colégio famoso, o Anglo-Americano, local de estudos de filhos de famílias tradicionais cariocas, com ensino de altíssimo nível e lá estava eu freqüentando o então clássico (ensino médio de hoje), graças à tenacidade, ao trabalho, ao suor de meu pai, que nunca mediu esforços ou dinheiro para que eu aprendesse e estudasse nos melhores colégios. E o Andrews o era, sendo inclusive o de mensalidade mais cara. Professores excelentes, ensino dinâmico, salas amplas e arejadas em um prédio antigo mas muito bem conservado, sem riquezas mas muito funcional. Nele convivi com uma geração, na mesma sala ou um ano à frente ou atrás, de jovens inteligentes que se tornaram depois, fruto de tradição familiar e do lá aprendido, expoentes no Rio e mesmo no Brasil. Foram da minha turma Luis Felipe Lampréia, embaixador e ministro das Relações Exteriores do governo FH; Mario Brockman, João Carlos Pontes de Carvalho Gouveia e Sergio Whright, também embaixadores; Francisco de Paula Junior, presidente do Jockey Clube do Rio; Carlos Eduardo Dolabella, ator; João Agripino Filho, político de familia tradicional paraibana; Luis Severiano Junior, do império cinematográfico; Noelza Guimarães, socialité que foi affair de inúmeros figurões; e outros menos votados, fora eu, filho do português da padaria da Tijuca. O Diretor, sério e carrancudo, era o Professor João da Motta Paes. Foram três anos de viagens, de cerca de uma hora para ir e outra para voltar de ônibus, mas de muita aprendizagem, de coleguismo distante, pois só via os colegas nos horários de aula, face a todos morarem na zona sul (Ipanema, Leblon...) e eu longe, na Tijuca, e também todos com outras amizades e com interesses totalmente diferentes, o que não me impediu de relacionar-me muito bem, nas aulas, com todos. Gostei muito de ter estudado no Andrews, de fazer o clássico (sem números e fórmulas), e tive a recompensa de acabar de formar uma base de conhecimento na área das ciências sociais, iniciada nas escolas anteriores, que me acompanha até hoje. Essa base ajudou-me a passar nos vestibulares que fiz posteriormente, sem cursinho, até com facilidade. Lá não deixei amigos, apenas colegas, mas foi uma boa época, que me acrescentou também como conhecimento a forma de ser e de viver da classe A carioca, e eu não fiz feio. Obrigado Colégio Andrews (hoje lamentavelmente não mais funciona no nosso prédio querido). Madeira

segunda-feira, 9 de junho de 2008

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Externato São José,dos Irmãos Maristas,tradicional corporação de ensino mundial,criada pelo beato padre Marcelino Champagnat,situada na rua Barão de Mesquita número 164,próximo a Praça Saenz Peña(hoje desativado),onde cursei o admissão(equivalente à quinta série atual),que marcava a transposição dos alunos e dos métodos de ensino do primário para o ginásio e todo êste.O São José,como o chamavámos,tinha uma unidade de internato na rua Conde de Bonfim,perto da Usina da Tijuca,onde o meu irmão Sidônio tinha estudado e que lhe tinha dado a base para passar fácil no exame para a Escola Preparatória de Cadetes do Exército,motivo pelo qual meu pai escolheu-o para meu ginásio,após a volta de um ano em Portugal,isto em 1950.Na lusa Pátria eu tinha, como ouvinte - pois não podia estudar oficialmente -,
durante o ano,freqüentado a escola do povoado de Argeriz,apenas para não ficar parado,o que foi muto bom,tendo servido de reforço para meus conhecimentos do primário.Em 1951 fiz o admissão e de 1952 a 1955 fiz o ginasial no São José,com ensino de primeira,à exceção de um professor,o Tarlé de História,todos os professores eram Irmãos Maristas,nem sempre grandes professores,no sentido pedagógico da palavra(tinha aulas sacais),mas dotados de grande cultura,educadores e donos de orientação disciplinar rígida(mais uma vez agradeço isso a meu pai,pois colocou-me em colégios onde aprendi a ser disciplinado,a cumprir minhas obrigações e horários,a ser castigado quando errava).A única coisa que enchia o saco e eu não concordava era com os príncipios rigorosos,dogmáticos,católicos,o que me valeu bate-bocas com irmãos-professores em aulas de religião e castigos,alguns merecidos,pela irreverência e outros injustos nos quais meu pai se posicionava a meu favor.Fora isto muito estudo,muito esporte,sempre titular,em todos os esportes da sala onde estudava nos campeonatos inter-classes(os colégios católicos eram "must"no Rio, e só estudavam neles pessoas de famílias tradicionais,de dinheiro),onde tínhamos quatro classes de cinquenta alunos por ano(turmas A,B,C e D),nas seleções da série e nos jogos maristas anuais com o Internato,onde só perdiámos,pois êles viviam de jogar bola nos intervalos de aula.Jogamos algumas vezes contra outros colégios católicos como o São Bento(êste jogava no campo do Flamengo,na Gávea)e eu sempre jogando.Com isso eu era figurinha fácil dentro do colégio,bastante conhecido(pena que era colégio só masculino, ou eu podia ter praticado outros esportes com o sexo frágil). Lá aprendi toda a base de ciências sociais,da língua-mãe,de latim,tudo muito bem,o que me valeu e vale até hoje.Sempre fiquei entre os cinco,seis primeiros colocados da sala,nunca melhor do que isso,por causa de algumas disciplinas filhas da mãe em que eu era muito ruim e me ferravam na média mensal,que eram canto orfeônico(sempre fui desafinado),desenho(sempre marquei duas,três folhas a seguir da desenhada),trabalhos manuais(sempre me colei todo).Por outro lado na disciplina dei muito trabalho,mas sem ser mau educado.Ocorre que eu,volta e meia,era pego fazendo alguma sacanagem(cola ou tachinhas na cadeira para o colega sentar em cima,rabiola de papel na calça de outro ou guerra de giz ou bolinha de papel,enfim alguma babaquice normal da adolescência) e sempre me acusava quando descoberto e aguentava o tranco,fosse linhas de papel,fosse ficar após a hora,fosse suspensão(estas valiam-me surras homéricas de meu pai),mas nunca tirei o meu da reta e deixei os outros se foderem. No entanto sou extremamente grato aos Irmãos Maristas por tudo que me ensinaram, nos campos de ensino, da cultura e da educação. Madeira

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Largo da Segunda-Feira, hoje


Aluno: alfabetização e primário,hoje primeira à quarta série,fiz no Colégio da Companhia de Santa Terezinha de Jesus,que funcionava,em um prédio tradicional na esquina das ruas Conde de Bonfim com São Francisco Xavier,no Largo da Segunda-Feira,marco inicial do bairro da Tijuca,fim do bairro do Estácio.Colégio particular de freiras,dessa ordem(Santa Terezinha de Jesus),apenas para meninos e de ensino primário,ensinou-me as primeiras letras,alfabetizou-me e nele estudei dos cinco aos dez anos.Recordo-me do uniforme caqui fechado,com paletó e camisa,calça comprida,pasta cheia de livros e cadernos(pesada paca)e muito estudo e disciplina super-rígida,com muitas rezas e missas. Além do pátio grande,com muitas brincadeiras,no horário de recreio,como de toda criança com muita correria,lembro bem da minha professora durante os quatro anos do primário,a Madre Alzira,mulata gorda,que sabia tudo,ensinava,esclarecia todas as dúvidas,de cima do tablado de professor(em todas as salas durante todos os meus estudos,até na Faculdade Cãndido Mendes,o professor sempre ficava mais alto que a turma,com a mesa dele em cima de um tablado).Mas o mais marcante era que à esquerda dela ficava pendurada,ameaçadora,a palmatória,instrumento disciplinador,em formato de uma colher grande de madeira,dessas de mexer arroz,cheia de furinhos,como de um coador(os furinhos eram para a palma da mão inchar).Êsse instrumento,hoje considerado de tortura,utilizado em bolos nas palmas das mãos,era eficaz,eficiente inibidor de bagunças,falatórios e também de lembrança para aquele que não trazia o dever de casa pronto ou estava distraído e não prestava atenção às perguntas da mestra.Travei alguma intimidade com êle e não simpatizei,mas foi um bom meio auxiliar de ensino.Minha sorte é que com a facilidade de aprendizagem que sempre tive não foi utilizado por essas questões,o que de alguma forma massageava o ego da Madre Alzira,que via que ela ensinava bem,pois eu aprendia bem.Sempre o foi por alguma esculhambação(também não por falar,pois eu respeitava a presença e esforço do professor),tal como pendurar rabo de tira de papel de caderno em algum colega chamado à frente para responder a alguma questão ou conjugar um verbo ou responder a tabuada(para quem não sabe tabuada é a citação oral,decorada dos resultados das quatro operações)ou uma tacada de giz na cabeça de algum colega,geralmente de um babaca.O castigo físico quando não é espancamento,quando é negociado antes,informado e aplicado com parcimônia é um meio eficaz de aprendizagem de comportamentos(mutatis mutandis,esta é a finalidade da cadeia,da prisão).Hoje reconheço,sem a frescura de traumas,que muito aprendi de certo e errado com as sovas de meu pai e a palmatória da Madre Alzira.Obrigado meu colégio do primário,para onde ia e voltava de condução,que não sei se lá está e como,mas a quem devo toda a minha formação inicial.Obrigado congregação cristã de Santa Therezinha de Jesus,obrigado a Madre Alzira e sua palmatória.Madeira

sexta-feira, 6 de junho de 2008

vivencias-madeira-alfabetico(pessoas:A a Z)

A a Z:Muitas outras pessoas passaram pela minha vida e ainda vão passar.Milhares passaram muito rapidamente e não deixaram marcas que me permitissem progredir nesta encarnação,outras,em príncipio deveriam ter deixado marcas negativas,mas por formação e agora muito pela doutrina espirita,esqueci o que me fizeram,os erros que me prejudicaram ou aos meus e delas não me lembro,salvo em situaçoes extraordinárias e sem raiva,até com dó,pela bobagem que fizeram,nesta passagen por êste planeta.Existem outras que estão caminhando para marcarem-me,pois as vejo e analiso e descubro coisas boas,qualidades,que podem me ajudar a crescer e eu a elas.Já as admiro,preciso apenas de colocá-las no meu âmago,juntá-las ao meu íntimo,crescer com elas.Isso depende basicamente de convivência,de amor mútuo,de carinho e bastante de tempo.Aqui vou enumerar,em apenas um artigo,as que mais tem me tocado:Brunella,filha de Eugenia,companheira de jornada diária,de morada,jovem educadíssima,respeitadora, companheira,inteligente,que estou acompanhando na formação universitária e que me gratifica no trato diário;Rominho,marido de Flavia,grande de coração,de moral,de amizade,de amor,querido como um filho que sinto alegria e prazer em estar junto,sem esquecer o berço dele,que tem familiares muito queridos pela lhaneza,alegria e amor com que nos recebem sempre;Enio,afilhado de casamento,esposo de Anna Luiza,genro de Oswaldo e Arminda,compadres queridos,de um carinho grande conosco,equilibrado, tranquilo,inteligente,gente de primeira,muito especial,com quem gosto de conviver e de ficar perto,sinto-o também como um filho;Fred,Dr.Frederico.advogado,enamorado de minha neta Taís,tranquilo,educado,respeitador;Raul,sobrinho de Terezinha,filho do Egydio e Ivone,criado muito distante de nós,no entanto,sempre atencioso,prestativo, circunspecto,sério,mas amigo,que me impressiona pelos cuidados com os pais e atualmente com a mãe;Rosa,esposa do Sidonio,alegre,contagiante,corajosa, amiga,coloca-nos no colo,pessoa que faz com que queiramos estar sempre perto;os filhos do Sidonio e da Rosa,com raros encontros mas são o jeito dos respectivos pais,inteligentes,seguros,amigos;por fim o Marcius,esposo da Cintia,que durante dez anos foi carregado no colo por nós,que fez e deu muita contribuição boa e que agora espero que se reencontre,não para mim,mas para Cintia,que assim o quer.Madeira

quinta-feira, 5 de junho de 2008

vivencias-madeira-alfabética(pessoas-T)


Cortando esse marzão que é o mundo, sô!


T:Theotonio Madeira Dias,eu mesmo,pois sempre a pessoa mais importante somos nós mesmos,a quem devemos amar e buscar entender,aperfeiçoar,crescer intelectual e moralmente.Segundo filho de João Dias Pereira,cidadão português,casado em segundas núpcias com Aracy Madeira Dias,brasileira,de quem sou filho único,cresci praticamente só,face a meu irmão mais velho,cerca de onze anos,Sidônio,estudar interno,por exigência de minha mãe e sabedoria de meu pai,que preferiu que êle tivesse a educação complementada pelos Irmãos Maristas,do que através de aborrecimentos com a segunda esposa,minha mãe.Cresci com educação rígida,sincera,olho no olho,ou seja o que podia,podia e o que não podia,não podia,mas sempre explicado.Quando errava o fazia sabendo e era premiado com bravas surras,sempre merecidas e que me ensinaram a não mentir,a ter coragem de assumir os erros e a buscar a correção em todas as ações praticadas.Adolescente,formado oficial da reserva do EB,resolvi buscar minha vida e saí de casa indo para Brasília onde comecei minha vida profissional,que resultou em muitas lôas,alguns erros,dificuldades e posteriores vitórias,tudo em conjunto com minha primeira esposa Terezinha Coelho Dias,companheira inteligente,amiga,valorosa sob todos os aspectos e que me deu três filhos,amigos queridos,Caio Fabio,Flavia e Cintia,todos formados e encaminhados para a vida,tanto pela educação como pela cultura.Já com dois netos,Taís e João Pedro,com o falecimento prematuro de Terezinha continuei sendo abençoado por meus mentores e encontrei outra companheira,também pau para toda obra,maravilhosa,Eugenia e com isso sigo fazendo tudo da melhor maneira possível para após minha passagem poder deixar marcas de boas ações,de ações que ajudem a construir e nunca que manchem ou prejudiquem alguém.As pessoas que me ajudaram fortemente a chegar até aqui estão presentes nas páginas anteriores,mas muitas outras de forma menor ou que ainda estão em "estágio probatório" também me ajudaram,apenas não com a intensidade e fôrça destas.Valeu gente.Madeira

quarta-feira, 4 de junho de 2008

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T: Terezinha Botelho Coelho, depois Terezinha Coelho Dias, minha esposa, mãe de meus filhos, avó de meus netos, filha, mãe, irmã, comadre, amiga de um peso, de uma presença fortíssima. Terezinha,q ue eu conheci e amei desde a primeira vez que falei com ela, era, como a definia meu pai, "uma mulher forte". Definição lusitana, curta e grossa, mas que engloba todas as caracteristicas dela. Forte de personalidade e caráter, daquelas pessoas que após análise inteligente da situação não se dobrava a ela, fosse qual fosse a dificuldade a ser enfrentada e vencida. E ela enfrentava e vencia. Lutou contra a pobreza e as dificuldades da infância e da adolescência e cresceu dotando-se de um conhecimento de vida e de uma coragem, de uma valentia que a habilitou a vencer depois tudo de difícil que veio, desde as mudanças,com as adaptações, a tocar um lar com perfeição, educando os filhos com firmeza, dedicação e amor impressionantes, até o problema renal, que venceu por cerca de vinte e três anos, para depois ser vencida por êle. Guerreira ao extremo, sabia bem o que queria para si e para cada um de nós, marido, filhos e netos e era que pudéssemos, à sua imagem, nada temer, desde que fosse no caminho de bem. Amiga de entrega total àqueles que amava e que a respeitassem, mas capaz de mostrar, de forma sincera, dura, os erros cometidos por todos, ainda que houvessem ou ficassem mágoas. Nunca vi Terezinha desanimada ou triste (a vi muitas vezes pronta para a liça justa), sendo um exemplo de vida. Conheci-a uma menina, dezoito anos, mas já na têmpera da vida, trabalhando desde os quinze anos para ajudar os pais na subsistência da casa, magrinha mas cheia de disposição, trabalhando de sol a sol, mas sem reclamar ou alegar qualquer cansaço, sorridente, decidida, muito bonita e senti que os filhos que estivessem escalados para serem meus o seriam com ela, pela fôrça e confiança que me passou. Casada, sempre esteve ao meu lado, ponderando nas minhas decisões, mas aceitando-as, mesmo com as quais não concordava e a partir daí ficando ao meu lado, sem nenhum comentário negativo. Ninguém viveu mais Terezinha que eu. Foram quase quarenta anos e em todas as situações possíveis: de dor, de amor, de trabalho, de mudanças radicais, de passeios, de festas, de lutos; enfim, uma vida completa de aprendizagem, pois foi isso o mais importante, a troca de conhecimentos que nos permitiu crescimento mútuo e realizações internas e externas para nós, para todos os nossos e para aqueles que estavam em nosso entorno. Valeu Tetê, você foi uma das pessoas que me marcaram e com uma marca indelével: a marca do amor e do companheirismo eterno. Sei que vou te reencontrar, tanto na vida espiritual como em novas reencarnações (não sei se como esposa, filha, mãe ou pai), pois foi tão forte o que nos uniu que nos unirá certamente no futuro. Valeu Tetê. Do Theo

terça-feira, 3 de junho de 2008

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"Você é doooooooida demais/Doida/Muito doida/Você é doooooooida demais!"


T:Taís Dias Cavati:neta muito,mas muito querida,filha de Flávia.O nascimento dela aguardado com ansiedade,primeiro neto,foi difícil.Mais do que vê-la o que marcou-me foi no dia posterior,no trabalho,receber a notícia de que por ser prematura ficaria na parte de tratamento intensivo do berçário e que poderia vir a precisar de uma transfusão de sangue.De imediato despenquei-me,literalmente,para a maternidade e lá chegando encontrei a cena que mais me marcou ao encontrar Flavia,sentada no chão,ao lado do berço,com Taís ligada a sei lá que aparelhagem e Flavia segurando a mão dela e falando baixinho para ela da importância dela para todos nós e que ela ia ficar boa e linda.Vaticínio de mãe cumprido.Apenas e certamente por todo êsse amor declarado desde as primeiras horas de vida é que hoje Taís está de fato com muita saúde e linda.Corajosa,alegre,amiga,brigona,dona de uma personalidade fortíssima(também a linhagem feminina é assim formada,pois Terezinha e Flavia são muito boas de briga e não desistem nunca)é dedicada e amiga dos amigos,talvez até mais do que devido.Morena linda,abusada,avoada,querida por todos,impressiona logo ao chegar em qualquer lugar pelo porte,pela beleza,pelo sorriso contagiante e pela falação fácil e alta.Tem muito de aprender sobre a vida,amizade,entrega,mas essa estada no Havaí certamente contribuiu e muito para maior desenvoltura e para guiar a própria vida,enfrentando e vencendo dificuldades.O crescimento da responsabilidade está grande e o estágio no Forum é parte decisiva para tal.Creio nela e bastante,tanto por seu DNA,como pela personalidade forte e caráter reto.Meu amor por ela,como por todos os meus é imenso,mas tenho e fujo um pouco porque êles tem de se fazer sozinhos,como todos os grandes homens e mulheres o fizeram e Taís o está fazendo.Além do mais foi Taís que me convenceu a criar e escrever sempre êste blog,sendo portanto minha musa e inspiradora.Tais você marca-me continuadamente e faz parte desse pequeno circulo de pessoas que o Senhor colocou junto a mim nesta encarnação para serem amados por mim,mas principalmente para que eu aprendesse muito e me desenvolvesse mais e mais.Está valendo Taís,quero e sei que estarei sempre ligado a você.Te amo.Beijos.VÔ

segunda-feira, 2 de junho de 2008

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No peito, na raça e na sabedoria!


S:Sidonio Barroso Dias,meu irmão,meu guru,legitimo almanaque sabe-tudo.A cultura dele é impressionante.Sidonio,inteligencia privilegiada,leitor compulsivo,posiciona-se sobre qualquer assunto de forma clara,precisa,orientativa.Dono também de uma coragem,de uma valentia,nunca vi ou soube de que exista alguma coisa que Sidonio tema.Defensor ardente da verdade,da sinceridade,o faz com veêmencia,mas com argumentação sólida.Dono de um sentido,de um sentimento especial familiar(como nosso pai),vive e sempre o fez para os familiares,sem limites.Querido por todos que com êle convivem,pela sua franqueza e carisma,marcou todos os comandados durante os anos de oficialato do EB,defendendo-os quando estavam corretos,orientando-os quando necessitavam e punindo-os com severidade quando, avisados,permaneciam no erro. Administrador de mão cheia,mostrou-o não só nas atividades no Exército,como nas que exerceu no meio civil(MEC/MG) e no Círculo Militar em BH.Impressiona como as pessoas que o conhecem comportam-se ao encontrá-lo,com uma deferência e respeito inigualáveis.Com êle aprendi todos os comportamentos corretos e os imprimi em meu caráter,durante minha infância e adolescência.Devo a Sidonio(e a meu pai) toda a parte de caráter formada nessa época,que pelos exemplos impediram de acomodar-se em meu modo de ser ações incorretas,desonestas,moldando-o no caminho do bem. Exemplo,proteção,amizade especial,carinho,enfim Sidonio deu-me um universo de coisas boas,exemplares.Valeu Velho Amigo(assim sempre nos chamamos),quero ter-te sempre,onde quer que estejamos,junto,para poder te admirar e imitar.Velho Amigo.Theo

Quem sou eu

Pai,avô,amigo,experiente, companheiro,divertido.