"Vou falá de umas pessoas, de umas coisas..."

"Vou falá de umas pessoas, de umas coisas..."
"Êta Tijucona véia de guerra!"

Mostragem, agora por ordem alfabética, de passagens de minha vida, narradas sob a minha ótica e com total sinceridade, e que envolvem primeiramente pessoas que me acrescentaram algo, depois instituições em que labutei e, por fim, locais que me marcaram.

quarta-feira, 25 de junho de 2008

vivencias-madeira-alfabética(instituições/ensino/aluno)


Drug Enforcement Administration - DEA/USA: durante cerca de cinco meses fiz um curso, a nível de lato-sensu, especialização, em Washington e New York, sobre os tipos de droga existentes, seus malefícios, técnicas policiais para conhecê-las e combatê-las, técnicas para vigiar e prender traficantes, rotas internacionais e meios de introdução das drogas nos países, aliado às melhores técnicas didáticas para repassar o que aprendi, para ser um multiplicador no Brasil. Fui indicado para êsse curso por já estar dando aulas a respeito pela ANP, para as polícias estaduais, com excelente avaliação, mas baseado apenas em estudos feitos em particular e pela experiência enquanto na SR/DPF/PR. Valeu, pois os americanos são de uma praticidade incrível, totalmente voltados para os resultados, sempre buscando a perfeição nas ações, que são exaustivamente planejadas, reproduzidas em locais parecidos com os da ação verdadeira ou até, se necessario, construindo maquetes ou cenários para os treinamentos. A jornada de estudo era de dia inteiro, às vezes com instrução noturna, mas o diferencial era, além é óbvio dos meios, lá inúmeros, sem restrições, a obrigação de após toda e qualquer aula teórica ter o dobro de prática, fosse em sala, documental, fosse em biblioteca, fosse na rua. A mais comum sempre foi a documental. Após explicar detalhadamente como fazer ou reconhecer ou utilizar algo, em alguma operação policial, isto tudo através de apostilas, com tradução simultânea e apresentação de slides ou filmes, normalmente levando a manhã toda, as tardes eram para resolver cases reais sobre o assunto ensinado, e aí vinha a nota referente a ter acertado a solução real ocorrida, e se fosse um caso em que dera tudo errado, com mortes, fugas etc, tinha que ser corrigido e mostradas as falhas e o porque destas. Ensino espetacular, solto, discutido, demonstrado, enfim, assim se aprende mesmo e eu, nós todos aprendemos muito. É verdade que muitas das técnicas que êles utilizam lá nossa legislação não permite, tais como a compra da droga com dinheiro marcado e prisão imediata do traficante, penetração autorizada pela justiça e infiltração, ou seja, o policial é colocado dentro da organização criminosa com uma e.c. (estória de cobertura) e de lá passa informações que permitam desbaratar o bando (na e.c. já existe a forma de fuga dele, quando do estouro da quadrilha). Nesta está a maior quantidade de agentes mortos, pois às vezes são descobertos. Em New York nós estagiamos e lá conhecemos o funcionamento de vários órgãos policiais americanos, dentre êles o FBI. Foi muito proveitoso e, apesar das restrições ao american way life e à arrogancia deles, tem-se de tirar o chapéu para êles nos aspectos seriedade e competência. Serão ainda por muitas gerações a maior nação do mundo, em muitos quesitos. Madeira

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