"Vou falá de umas pessoas, de umas coisas..."

"Vou falá de umas pessoas, de umas coisas..."
"Êta Tijucona véia de guerra!"

Mostragem, agora por ordem alfabética, de passagens de minha vida, narradas sob a minha ótica e com total sinceridade, e que envolvem primeiramente pessoas que me acrescentaram algo, depois instituições em que labutei e, por fim, locais que me marcaram.

quarta-feira, 11 de junho de 2008

vivencias-madeira-alfabética(instituições/ensino/aluno)



Colégio Andrews, situado à época na Praia de Botafogo, de frente para a enseada de Botafogo, próximo da Sears, grande loja de departamentos e de outro colégio famoso, o Anglo-Americano, local de estudos de filhos de famílias tradicionais cariocas, com ensino de altíssimo nível e lá estava eu freqüentando o então clássico (ensino médio de hoje), graças à tenacidade, ao trabalho, ao suor de meu pai, que nunca mediu esforços ou dinheiro para que eu aprendesse e estudasse nos melhores colégios. E o Andrews o era, sendo inclusive o de mensalidade mais cara. Professores excelentes, ensino dinâmico, salas amplas e arejadas em um prédio antigo mas muito bem conservado, sem riquezas mas muito funcional. Nele convivi com uma geração, na mesma sala ou um ano à frente ou atrás, de jovens inteligentes que se tornaram depois, fruto de tradição familiar e do lá aprendido, expoentes no Rio e mesmo no Brasil. Foram da minha turma Luis Felipe Lampréia, embaixador e ministro das Relações Exteriores do governo FH; Mario Brockman, João Carlos Pontes de Carvalho Gouveia e Sergio Whright, também embaixadores; Francisco de Paula Junior, presidente do Jockey Clube do Rio; Carlos Eduardo Dolabella, ator; João Agripino Filho, político de familia tradicional paraibana; Luis Severiano Junior, do império cinematográfico; Noelza Guimarães, socialité que foi affair de inúmeros figurões; e outros menos votados, fora eu, filho do português da padaria da Tijuca. O Diretor, sério e carrancudo, era o Professor João da Motta Paes. Foram três anos de viagens, de cerca de uma hora para ir e outra para voltar de ônibus, mas de muita aprendizagem, de coleguismo distante, pois só via os colegas nos horários de aula, face a todos morarem na zona sul (Ipanema, Leblon...) e eu longe, na Tijuca, e também todos com outras amizades e com interesses totalmente diferentes, o que não me impediu de relacionar-me muito bem, nas aulas, com todos. Gostei muito de ter estudado no Andrews, de fazer o clássico (sem números e fórmulas), e tive a recompensa de acabar de formar uma base de conhecimento na área das ciências sociais, iniciada nas escolas anteriores, que me acompanha até hoje. Essa base ajudou-me a passar nos vestibulares que fiz posteriormente, sem cursinho, até com facilidade. Lá não deixei amigos, apenas colegas, mas foi uma boa época, que me acrescentou também como conhecimento a forma de ser e de viver da classe A carioca, e eu não fiz feio. Obrigado Colégio Andrews (hoje lamentavelmente não mais funciona no nosso prédio querido). Madeira

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