
Escultura comemorativa das suas quatro décadas de criação, instalada na entrada do Forte Duque de Caxias, no Leme
Centro de Estudos de Pessoal do Exercíto, CEP: situado no Forte do Leme, no Rio de Janeiro, e lá estudei durante quase um ano, aprendendo tudo sobre inteligência, para que implantasse no DPF a área correspondente. Curso de nível superior para oficiais das Forças Armadas, teve pela primeira vez (não sei se houve uma segunda, mas creio que não) a presença de um civil, delegado de Polícia Federal. O curso de formação de analista de inteligência( à época chamado de analista de informações) teve um currículo sensacional, no qual aprendemos desde filosofia, sociologia e política, todas aplicadas a entender os pensamentos contemporâneos, até técnicas de interrogatório e classificação de documentos. O comandante era o coronel Octávio Costa, que depois foi o formulador, já como general, da política de comunicação social do governo federal. Os instrutores eram todos oficiais superiores das Forças Armadas e professores da Escola Superior de Guerra (ESG). Era impressionante o nível dos debates e o conhecimento sobre a conjuntura política e social mundial. Hoje, ao ver a conjuntura mundial, muitas vezes, lembro das projeções feitas após muitos debates e análises, e que ganharam as cores da realidade atual. Efetivamente a ESG, as ADESG´s e a hoje ABIN possuem feras nesse campo. O CEP foi o embrião da ESNI, Escola Nacional de Informações, hoje incorporada à ABIN, Agência Brasileira de Inteligência, e esta por sua vez a sucessora do SNI, Serviço Nacional de Inteligência, sobre o qual muitas pessoas não compreendem corretamente as atribuições que lhe cabiam, e que nada tinham a ver com ações de dedo-duro e de prisão, e sim de coleta de dados e análise dos mesmos, para permitir a projeção de fatos futuros em todos os campos psico-sociais, que servem de orientação para as decisões macro do governo federal. Valeu CEP, valeu EB. Madeira
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