"Vou falá de umas pessoas, de umas coisas..."

"Vou falá de umas pessoas, de umas coisas..."
"Êta Tijucona véia de guerra!"

Mostragem, agora por ordem alfabética, de passagens de minha vida, narradas sob a minha ótica e com total sinceridade, e que envolvem primeiramente pessoas que me acrescentaram algo, depois instituições em que labutei e, por fim, locais que me marcaram.

quarta-feira, 9 de julho de 2008

vivencias-madeira-alfabética(instituições/ensino/direção)



No nível superior de educação, a instituição de ensino que tive a responsabilidade de dirigir foi a Faculdade de Turismo de Guarapari/FACTUR, inicialmente faculdade isolada, e a primeira de turismo no estado do ES, da qual eu era professor e chefe de departamento, até ser escolhido pela mantenedora para ser o diretor; isto no meio de uma crise de perda de alunos, cinco anos depois de criada, e de ter sido há pouco reconhecida pelo MEC. Foi um trabalho árduo, pois de uma possibilidade de trezentos e vinte alunos, oitenta por ano de ingresso, estava com pouco mais de cem, fruto da visão pequena de quem lá estava. Com carta branca da mantenedora, estimulei a equipe, reformulamos alguns comportamentos, escrevemos os manuais e amarramos a prática docente a critérios de resultados, pois chegamos a ter quatro candidatos por vaga no vestibular, e posteriormente uma grande evasão, por problemas que iam do financeiro até as aulas chatas, o que era um absurdo, em especial na área de turismo, alegre pela própria natureza. Aulas de campo, viagens de estudos, eventos, ressuscitação do DA, reformulação programática... Enfim, uma reviravolta completa, que entusiasmou tanto os donos que, depois de tentativas por mim rechaçadas de juntar turmas, construíram um campus e aceitaram instituir mais cursos. Assim a FACTUR, quatro anos depois de minha chegada à direção, chegou ao status de faculdades integradas, tornando-se a FIPAG, Faculdades Integradas Padre Anchieta de Guarapari. Com isso fui levado a mais dois mandatos de quatro anos (era regimental este sistema de mandatos), e a deixei, após doze anos de direção, com mais cinco cursos, todos reconhecidos pelo MEC e com boas avaliações (apesar das dificuldades de relacionamento com a mantenedora). Os cursos eram administração, contábeis, pedagogia, comunicação social e direito. A saída, razoavelmente traumática, veio na hora certa, tanto pelo cansaço de doze anos de estrada e trabalho noturno, quanto por não ter mais nada a acrescentar à instituição. A falta de conhecimento da área de educação, da parte de seus proprietários (vide quando assumi), estava gerando brigas comigo, em função das tentativas de interferência em minha área de atuação regimental, uma intromissão sem sentido, legal e administrativamente; ou seja, com a carta branca cassada, tratei de cair fora. No entanto, a FACTUR/FIPAG foi uma boa época de trabalho, por tudo que fiz, principalmente a redação de todos os documentos internos e externos, estes para o MEC, com várias de suas comissões autorizando e reconhendo os cursos, tudo com o meu envolvimento. Também lá pude conhecer a capacidade de trabalho, a ética, a competência, o carisma e a inteligência de meus filhos Caio e Flavia, e de minha afilhada Mônica, pois todos lá foram professores quando fui diretor. Um ano e meio depois de minha saída a FIPAG acabou, com a venda da marca para o grupo Pitágoras. Este foi o maior fruto da ignorância de seus proprietários na área de educação, a entrega a um grupo de fora do estado de um campus excelente, e de um trabalho regional, mas sério. Mas valeu FIPAG, ambos fomos marcados positivamente por esta relação. Madeira

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