"Vou falá de umas pessoas, de umas coisas..."

"Vou falá de umas pessoas, de umas coisas..."
"Êta Tijucona véia de guerra!"

Mostragem, agora por ordem alfabética, de passagens de minha vida, narradas sob a minha ótica e com total sinceridade, e que envolvem primeiramente pessoas que me acrescentaram algo, depois instituições em que labutei e, por fim, locais que me marcaram.

segunda-feira, 14 de julho de 2008

vivencias-madeira-alfabética(instituições/públicas/comissões)


O problema está na maldita cornetagem política


No estado do Espírito Santo, além das aulas na Acadepol e na PM, exerci uma comissão no estado, onde fui o primeiro e único diretor da AISP, Academia Integrada de Segurança Pública, órgão criado por força de lei, e que teria por incumbência unificar o ensino de segurança pública, o que era então um objetivo da secretaria nacional de segurança pública do ministério da justiça (SENASP). A idéia, que logo depois foi abandonada pelas autoridades federais - e, por extensão, pelas dos estados -, era promover a integração das polícias civil, militar e do bombeiro militar, através de um ensino integrado em uma só academia, onde ter-se-ia, em termos de segurança pública, uma filosofia una e uma doutrina compartilhada no aspecto geral, mas individualizada na forma da ação policial. Acreditava-se, e eu acredito até hoje, que assim não haveria espaço para rixas e desconhecimento das ações das forças policiais (entre si). Com a criação da AISP, fui convidado - pela experiência de pioneiro na ANP/DPF, e por ter dado aulas nas duas instituições capixabas de ensino policial (Acadepol/PC e CFA/PM), com livre trânsito em ambas e com a grande maioria de seus componentes de ex-alunos meus - para estruturá-la e colocá-la em funcionamento. Solicitei ao secretário de segurança a formação de uma equipe multidisciplinar, com a presença de oficiais da PM e do BM, de seus órgãos de ensino, e ídem da policia civil, mais um membro do Detran, pois a idéia era também abrigar, dentro da AISP, a formação do pessoal daquele órgão e das guardas municipais (que existissem ou viessem a existir nos municipios do estado), aumentando assim a unificação da segurança pública no ES. Foram meses de trabalho exaustivo, mas a equipe era excelente, e uma vez concluído foi apresentado e discutido com os cabeças das organizações que seriam atendidas, com membros do legislativo, com ONG´s da área e, por fim, exposto à cúpula da segurança no estado. Ficou lindo o trabalho, totalmente integrativo, e que aqui não cabe dissecar, mas nisso mais de meio ano se foi e, com as mudanças políticas, o interesse nessa unificação foi para o brejo; entreguei o cargo e, passados mais alguns meses, em uma composição política, para a troca de cargos públicos, a AISP foi, por lei, extinta, e os cargos que esta previa para que ela funcionasse foram transferidos para outras áreas públicas. Com isso, ficou nos arquivos das instituições envolvidas o projeto pronto, para ser rediscutido quando de novo houver interesse em se ter polícias que funcionem. Comigo, mais uma vez, ficou a grande frustação de um caminho muito bom ser abandonado. Mas de minha parte sei que fiz o certo e o bom, para o ES e o Brasil. Madeira

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